quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

Monster Trucks | CRÍTICA


Seria um pouco presunçoso dizer que não se fazem mais filmes como Monster Trucks, o primeiro longa-metragem em live action assinado por Chris Wedge ou, mais precisamente, a mente por trás do primeiro A Era do Gelo e Robôs. Embora sequências de ação envolvendo corridas e perseguições entre automóveis sejam cada vez mais frequentes, fato é que o cinema andava meio carente de produções mais voltadas ao público juvenil sem ser as várias animações lançadas ano a ano ou telefilmes sempre parecidos. Sem querer se exigir demais, Monster Trucks é entretenimento garantido para toda a família e para os pequenos que estão descobrindo a paixão por carros.


Com roteiro assinado por Derek Connolly (Jurassic World) a partir de um argumento feito pelos mesmos nomes por trás de Kung Fu Panda 3 e Trolls, o filme conta a história de Tripp (Lucas Till, X-Men: Apocalipse), um veterano da high school que passa seu contraturno montando uma caminhonete monster truck no ferro-velho chefiado pelo personagem cadeirante vivido por Danny Glover, até que um acidente em uma empresa de extração de petróleo põe a cidade (economicamente dependente da companhia) em alerta quando supostas criaturas pré-histórias estão à solta pelo local. Consumidoras de óleo, não seria coincidência se Tripp encontrasse uma delas no próprio ambiente de trabalho e daí estabelecer uma divertida e acelerada amizade, levando até mesmo a colega Meredith (Jane Levy, O Homem nas Trevas) de carona.


Fazendo vista grossa para as atuações sofríveis dos vilões que chefiam a Terravex, para o roteiro paternalista que poderia ter uma pegada mais teen movie e até para o fato de que Till já não parece mais um típico adolescente, Monster Trucks contém a boa fotografia assinada por Don Burgess (Aliados) e o bom domínio dos efeitos visuais que Wedge já dominava e agora apresenta o monstro Creech com carisma e uma textura bastante crível, proporcionando diversão na dose certa dentro do que se propõe e retoma a abandonada pauta do impacto ambiental de forma suficientemente clara para o entendimento das crianças que, sem dúvidas, serão suas principais espectadoras. Um descompromissado filme de aventura aos moldes daqueles que víamos nas décadas passadas sem exigir demais.




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